segunda-feira, 17 de maio de 2010

" A criação da Afro-brasilidade"


Palestrante: Elisa Larkin Nascimento
Estudiosa da obra de Abdias Nascimento, foi cofundadora e é, atualmente, diretora presidente do IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-brasileiros, da PUC-RJ. Organizadora do acervo de Abdias do Nascimento, desenvolve projeto que visa a disponibilização do acervo para consulta. Escreveu diversas obras sobre a temática étnica afro-brasileira e é a organizadora da revista Sankofa.

Data: 21 de maio de 2010
Local: Auditório do Ministério Público (Praça da Matriz, 110, 3o andar),
Porto Alegre
Horário: 13h30min às 17h30min


                                  Palestra Sobre ser Afro-brasileiro
        A consolidação das lutas dos negros brasileiros passou, em meados do século XX, pela criação do termo afro-brasileiro. Muito mais que um conceito, ele expressava, e expressa, desde alternativas e estratégias para o deslocamento, coletivo e individual, numa sociedade marcada pelo racismo e pela discriminação negativa até a construção de uma nova visão de mundo. É dessa visão de mundo, dessa cosmovisão, que aglutina as tradições e experiências africanas as criações dos negros no Brasil, que torna possível
a inserção dos elementos africanos na história e na cultura brasileira, que serviu de programa para as reivindicações por uma sociedade sem racismo e que tornou possível, discursivamente e nas práticas, articular uma ação em que os negros, agora afro-brasileiros, exigiam o seu reconhecimento como membros efetivos de uma sociedade que insistia em negá-los, invisibilizando-os, colocando-os como “externos” ao próprio Brasil, que trataremos em nosso encontro do dia 21 de maio de 2010, dando prosseguimento às atividades de formação em história e cultura afro-brasileira e africana promovidas pela Assessoria Pedagógica de Relações Étnicas da Secretaria Municipal de Educação de Porto Alegre.
        Conceito complexo, que encerra toda a diversidade da história e cultura africana no Brasil, a afro-brasilidade não é estática ou acabada. Todo o movimento atual pela implementação da história e da cultura africana e afro-brasileira em nossa educação é exemplo disso. Pensar a história e a cultura africana e afro-brasileira, operar com elas, é significá-las cotidianamente. Assim como o é, também, reconhecer-se como afro-
brasileiro ou como membro de uma nação pluriétnica

Promoção: Assessoria Pedagógica de Relações Étnicas
(Prefeitura de Porto Alegre)
Informações Fones:  (51)32891846 e 98338822
Ou e-mail manoeljose@smed.prefpoa.com.br
Fonte: Centro Ecumênico de Cultura Negra - Cecune

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