A tragédia chadiana, o primeiro filme africano em competição nos últimos 13 anos em Cannes, foi a atração do festival neste domingo. "Um homem que grita", de Mahamat-Saleh Haroun, que deve seu título ao poeta martinicano Aimé Cesaire - "um homem que grita não é um urso de dança" - resume a essência da tragédia do Chade e sua guerra civil através de uma pequena e estranha história familiar.
Um charmoso sexagenário, ex-campeão pan-africano de natação e seu filho são os encarregados de uma psicina de um luxuoso hotel de Yamena, a capital. Com a mudança dos donos e a conseguinte redução de pessoal, apenas o filho conserva o trabalho. Em plena guerra civil, o governo impõe sacrifícios ao povo ou recruta os jovens à força. Para o pai desempregado, a segunda opção é uma esperança de recuperar seu emprego.
"Um homem que grita" avança serena e paulatinamente para surpresas dramáticas, como a namorada grávida do filho, a redenção tardia do pai que delatou seu filho e tenta resgatá-lo de qualquer jeito, em meio a uma situação social que se torna insuportável. A proposta do diretor chadiano contrasta por sua simplicidade com a suntuosiade de "A princesa de Montpensier", do francês Bertrand Tavernier, que há 20 anos não era selecionado para Cannes.
Um charmoso sexagenário, ex-campeão pan-africano de natação e seu filho são os encarregados de uma psicina de um luxuoso hotel de Yamena, a capital. Com a mudança dos donos e a conseguinte redução de pessoal, apenas o filho conserva o trabalho. Em plena guerra civil, o governo impõe sacrifícios ao povo ou recruta os jovens à força. Para o pai desempregado, a segunda opção é uma esperança de recuperar seu emprego.
"Um homem que grita" avança serena e paulatinamente para surpresas dramáticas, como a namorada grávida do filho, a redenção tardia do pai que delatou seu filho e tenta resgatá-lo de qualquer jeito, em meio a uma situação social que se torna insuportável. A proposta do diretor chadiano contrasta por sua simplicidade com a suntuosiade de "A princesa de Montpensier", do francês Bertrand Tavernier, que há 20 anos não era selecionado para Cannes.
Fonte: Jornal Correio do Povo
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