Tomado por suspeito de um crime impossível - o roubo do seu próprio carro, um EcoSport da Ford - o cantor e compositor Januário Alves de Santana, homem negro, foi submetido a uma sessão de espancamentos com direito a socos, cabeçadas e coronhadas, por cerca de cinco seguranças do Hipermercado Carrefour , numa salinha próxima à entrada da loja enquanto apanhava, a mulher, um filho de cinco anos, a irmã e o cunhado faziam compras. Santana disse poder reconhecer os agressores e também pelo menos um dos policiais militares que atendeu a ocorrência - um PM de sobrenome Pina. "Você tem cara de que tem pelo menos três passagens. Pode falar. Não nega. Confessa, que não tem problema", teria comentado Pina, assim que chegou para atender a ocorrência, quando Santana relatou que estava sendo vítima de um mal entendido.
No decorrer do episódio, um homem - que depois viria a identificar-se como segurança da loja - se aproximou e sacou a arma. Foi o instinto, acrescenta Santana, que o fez foi se proteger atrás de uma pilastra para não ser atingido e, em seguida, sair correndo em zigue-zague, já dentro do supermercado. "Eu não sabia, se era Polícia ou um bandido querendo me acertar", contou.
Os dois entraram em luta corporal, enquanto as pessoas assustadas buscavam a saída. "Na minha mente, falei: meu Deus. Vou morrer agora. Eu vi essa cena várias vezes. E pedia a Deus que ele gritasse Polícia ou dissesse é um assalto. Ele não desistia de me perseguir. Nós caímos no chão, ele com um revólver cano longo. Meu medo era perder a mão dele e ele me acertar. Depois de colocar em dúvida a sua versão de que era o dono do próprio carro, a Polícia o deixou no estacionamento com diversos ferimentos com a família sem prestar socorro, recomendando que, se quisesse, procurasse a Delegacia para prestar queixa.
Que absurdo! as leis no nosso país são deficitárias, possuiem lacunas que permitem que o preconceito racial seja cometido de forma escrachada. O cidadão comum perdeu seu direito de ir e vir e tem de conviver com o medo e o trauma de ser confundido com um ladrão de carro. Até quando teremos que presenciar histórias como esta?
A idéia de colocar representantes negros no poder não é só uma questão de identidade, mas sim de justiça para com aqueles que sofrem com um poderio escravocrata. É necessário conscientização sim, mas além disso que se exija o cumprimento dos direitos humanos por parte dos políticos e o fim da discriminação racial para que se evite que o negro seja tratado como animal.
Na luta!
No decorrer do episódio, um homem - que depois viria a identificar-se como segurança da loja - se aproximou e sacou a arma. Foi o instinto, acrescenta Santana, que o fez foi se proteger atrás de uma pilastra para não ser atingido e, em seguida, sair correndo em zigue-zague, já dentro do supermercado. "Eu não sabia, se era Polícia ou um bandido querendo me acertar", contou.
Os dois entraram em luta corporal, enquanto as pessoas assustadas buscavam a saída. "Na minha mente, falei: meu Deus. Vou morrer agora. Eu vi essa cena várias vezes. E pedia a Deus que ele gritasse Polícia ou dissesse é um assalto. Ele não desistia de me perseguir. Nós caímos no chão, ele com um revólver cano longo. Meu medo era perder a mão dele e ele me acertar. Depois de colocar em dúvida a sua versão de que era o dono do próprio carro, a Polícia o deixou no estacionamento com diversos ferimentos com a família sem prestar socorro, recomendando que, se quisesse, procurasse a Delegacia para prestar queixa.
Que absurdo! as leis no nosso país são deficitárias, possuiem lacunas que permitem que o preconceito racial seja cometido de forma escrachada. O cidadão comum perdeu seu direito de ir e vir e tem de conviver com o medo e o trauma de ser confundido com um ladrão de carro. Até quando teremos que presenciar histórias como esta?
A idéia de colocar representantes negros no poder não é só uma questão de identidade, mas sim de justiça para com aqueles que sofrem com um poderio escravocrata. É necessário conscientização sim, mas além disso que se exija o cumprimento dos direitos humanos por parte dos políticos e o fim da discriminação racial para que se evite que o negro seja tratado como animal.
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